quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Percepções Parapsíquicas e Mediúnicas


Por Victor Rebelo

Na abordagem que quero apresentar, a sensibilidade espiritual seria uma capacidade mais ampla que a mediunidade. Consciente ou inconscientemente, seria a capacidade de:

a) Perceber a presença de espíritos e a realidade dos planos mais sutis da existência;

b) Perceber a influência das energias que nos circundam, sejam elas oriundas diretamente de espíritos desencarnados e encarnados, da natureza ou agregadas em ambientes;

c) Servir como médium

d) Se conscientizar, cada vez mais, da realidade espiritual de si mesmo;

e) Em um nível mais profundo e direto, “conhecer” a Consciência que existe em tudo e em todos. A Realidade.

De acordo com a doutrina espírita, todos sentimos, em maior ou menor grau, a influência dos espíritos e do mundo espiritual. Portanto, para o Espiritismo, todos podem ser considerados, de forma genérica, médiuns, apesar de Kardec ter preferido classificar como médium apenas quem apresenta essa faculdade de forma ostensiva, ou seja, patente e até certo ponto verificável.


Capacidade paranormal ou parapsíquica

Eu prefiro classificar essa percepção da realidade espiritual mais sutil como uma capacidade parapsíquica ou paranormal, pois isso não significa que ela esteja associada, necessariamente, ao intercâmbio mediúnico.

É uma capacidade que toda pessoa tem e que se expande para além dos limites comuns ou das nossas percepções “normais” dos cinco sentidos. Daí vem o uso do prefixo “para” antes de normal.

Apesar de todos possuirmos essa capacidade, ela se apresenta em variadas graduações e níveis de lucidez. Ou seja, uns podem ter uma percepção nítida de um espírito, ao entrar em um ambiente, chegando a “ver” como ele se apresenta em sua forma astral (perispiritual). Às vezes acontece de os menos experientes confundirem os desencarnados com os encarnados, tamanha a nitidez – é a clarividência bastante desenvolvida. Outros sensitivos podem não perceber com essa nitidez, mas sentem “algo” próximo a eles; às vezes, podem perceber a presença de alguém, mas não conseguem ter a percepção da forma de maneira nítida – é uma clarividência sem forma.

Essa sensibilidade ao mundo espiritual pode ser treinada, mesmo que a pessoa não seja médium ostensiva.

Conforme explica o pesquisador espiritualista e filósofo Alberto Cabral, “(...) podemos treinar, por exemplo, os centros eletromagnéticos do corpo, aquilo que as pessoas conhecem como chakras (do sânscrito, rodas). Podemos treinar o chakra frontal, chamado de ‘terceiro olho’, que não é algo físico, fisiológico, mas uma maneira do campo eletromagnético do corpo se comportar, gerando esse vórtice. Então, podemos treiná-lo a fim de gerar uma afazia local, uma descoincidência, o que permite ter uma percepção espiritual aguçada, gerando um fluxo de informação do plano espiritual diretamente para o cérebro, por meio do espírito, sem usar o sistema óptico.”

Portanto, a sensibilidade extrafísica ou paranormal é um potencial que pode ser treinado e desenvolvido com disciplina e técnica, sem perigo algum se a pessoa for orientada por quem entende do assunto e se o praticante tiver seriedade e boas intenções, afinal, cada um atrai o que procura...


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