domingo, 20 de agosto de 2017

A Maravilhosa e Mítica SHAMBHALLA


Shambhalla, em sânscrito significa "lugar de paz", é uma localidade mítica, habitada por uma comunidade de seres perfeitos e semi-perfeitos que em silêncio e segredo são os guias da evolução da humanidade.

Segundo a lenda, somente os puros de coração podem viver em Shamballa. Ali desfrutam de completo bem estar e felicidade em uma existência sem sofrimento, sem angústia de desejos, sem doença ou velhice. Não há injustiças; as pessoas são belas e possuem faculdades psíquicas ou extra-sensoriais. São altamente avançadas sob todos os aspectos, do espiritual ao tecnológico, do artístico ao científico.

Os textos religiosos tibetanos descrevem a natureza física de Shambhalla com detalhes, com sua estrutura semelhante ao lótus de oito pétalas, onde oito regiões aparecem cercadas de montanhas. A capital é Kalapa. Os palácios são ornamentados com ouro, diamantes, corais e outras gemas preciosas. Cercado de picos recobertos de gelo, o conjunto, montanhas e palácios, são como uma jóia arquitetônica refletindo uma luz cristalina.

Uma tecnologia avançada é usada em Shambhalla; um palácio possui clarabóias que polarizam a luz e são como lentes de "telescópios" que servem também para estudar o Cosmos e a vida noutros mundos. Há milênios que os habitantes de Shambhalla usam veículos-naves que circulam nos subterrâneos através de um sistema complexo de túneis, alguns saindo para a superfície, tendo sido observados no céu em várias partes do Mundo.

Os Shambhallens possuem faculdades telepáticas e clarividência e o poder da levitação, podendo também projectar seu corpo astral para qualquer lugar, tendo a habilidade de se materializar ou desmaterializar perante o olhar comum dos humanos.

Nicholas Roerich, descreve Shamballah como estando "no meio de colossais montanhas perenemente nevadas, com vales luxuriantes e fontes de água quente”... Quanto ao seu acesso, Roerich refere que “nos contrafortes dos Himalaias existem muitas grutas que vão até grandes distâncias, sob o Kinchinjunga”, falando inclusive da “porta de pedra” mítica que nunca foi aberta porque ainda não chegou o tempo. Estas profundas passagens conduzem a Shambhalla – o vale maravilhoso".

Lama, fala-me de Shambhalla! 
- Mas vocês, os ocidentais, não sabem nada de Shambhalla – nem desejam saber nada. Provavelmente perguntas só por curiosidade; e pronuncias esse nome sagrado em vão. 
Lama, não pergunto por Shambhalla ao acaso. Em toda a parte as pessoas sabem desse símbolo, embora lhe dêem nomes diferentes...Todos sentimos como, sob símbolos secretos, um grande segredo se esconde. Verdadeiramente, o cientista ardente aspira a saber tudo sobre Kalachakra (ensinamentos de Buda).
- Poderá isso ser verdade quando alguns dos ocidentais profanam os nossos templos? Fumam dentro dos nossos santuários sagrados; não compreendem nem querem venerar a nossa fé e o nosso ensinamento. Ridicularizam e menosprezam os símbolos cujo significado não penetram. Se visitássemos os vossos templos, a nossa conduta seria completamente diferente, porque o vosso grande Bodhisattva, Issa (Jesus), é verdadeiramente um dos que foi exaltado. E nenhum de nós difamaria os ensinamentos da misericórdia e da retidão. 
Lama, só os muito ignorantes e estúpidos ridicularizariam os vossos ensinamentos… Porque é que acreditas que no ocidente não sabemos nada de Shambhalla?… Vês que estou a ler o Kalachakra. Sei que um espírito elevado, se estiver preparado e ouvir uma voz proclamando Kalagiya, é o chamamento de Shambhala. Sabemos que Tashi Lama visitou Shambhalla... Até sabemos a canção Mongol sobre Shambhalla. Quem sabe talvez até saibamos muitas coisas novas para ti.
O Lama estudou-nos com o seu olhar penetrante. Depois disse: 
- A Grande Shambhalla está nos confins do oceano. É o poderoso domínio celeste. Não tem nada que ver com a nossa Terra. Como e porquê vocês, pessoas da terra, têm interesse nisso? Só em alguns lugares, no longínquo Norte, se podem ver os resplandecentes raios de Shambhalla. 
Lama, conhecemos a grandeza de Shambhalla. E sabemos da realidade desse lugar indescritível. Mas também sabemos da realidade da Shambhala real. Sabemos como alguns altos Lamas foram a Shambhalla, como no seu caminho viram coisas habituais do mundo físico. Sabemos da história do Lama Buryat e de como ele foi acompanhado por uma passagem secreta… Mais ainda, nós mesmos vimos um posto numa fronteira branca uma das três vigias de Shambhalla. Por isso, não me fales só da Shambhalla celeste, fala-me também daquela da Terra; porque sabes, tão bem quanto eu, que a Shambhalla da terra está ligada à celeste. E nessa ligação os dois mundos se unem. 
O Lama ficou em silêncio.   
- Vens do ocidente e no entanto trazes notícias de Shambhalla. Verdadeiramente assim é: Provavelmente o raio da torre de Rigden-jyepo chegou a todos os países. Tal como um diamante, brilha a luz da torre de Shambhala. Ele está lá - Rigden-jyepo, infatigável, sempre vigilante nas causas da humanidade. Os seus olhos nunca se fecham. E no seu espelho mágico ele vê todos os acontecimentos da Terra"... (in Shambhalla, de Nicholas Roerich).


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