quinta-feira, 5 de abril de 2018

Os Extraterrestres vistos pelo Espiritismo


O Fenômeno UFO tem aspectos que fogem à explicação convencional empregada para descrever objetos concretos interagindo em nosso meio. A falta de sons, as manobras instantâneas e fisicamente impossíveis, o súbito aparecimento e desaparecimento dos artefatos apontam para um tipo de manipulação da matéria muito acima de qualquer coisa que conhecemos. E talvez a explicação já esteja entre nós há mais de um século.

Bem antes de se pensar em UFOs ou de se cogitar que haveria uma linha de estudos chamada Ufologia, a discussão sobre a existência de vida em outros planetas já era algo presente no seio da humanidade. Na verdade, esse é um debate milenar, e mesmo que ele tenha ocasionalmente adormecido, jamais deixou de existir. Ainda que, vale lembrar, não houvesse qualquer comprovação científica que indicasse a existência de outros mundos habitados e seus habitantes se lançando ao espaço em máquinas voadoras.

A noção de que o universo está repleto de vida parece ser algo intrínseco ao espírito humano, uma verdade que conhecemos, mas que não sabemos explicar como, de forma que o assunto permeia a existência humana há milênios. Basta recordarmos que mesmo antes de desenvolvermos a escrita as pessoas já registravam os céus em desenhos e petróglifos. Mas por quê? Responder esta pergunta significa falarmos de um tema complexo, que sempre provoca resistências, pois estaremos discutindo como a Ufologia se relaciona com o Espiritismo e com a Espiritualidade.

Para fazê-lo, é imprescindível voltar no tempo e entender as obras de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, já que foi ele quem trouxe, em seus trabalhos, inúmeros relatos originários de seres de outros pontos do universo, que hoje vemos como nossos visitantes extraterrestres. Mas antes de entrarmos no assunto em si, é necessário apresentar Allan Kardec aos leitores que porventura ainda não o conheçam ou que pouco saibam a seu respeito e de seu trabalho.


Estudioso e poliglota

Kardec, cujo nome original era Hippolyte Léon Denizard Rivail, nasceu em 03 de outubro de 1804 na cidade Lyon, França. Pertencente a uma antiga família católica cujos membros tradicionalmente seguiam carreiras na advocacia e magistratura, o jovem Hippolyte formou-se em ciência e letras aos 18 anos, quando então já dominava os idiomas alemão, italiano, espanhol, inglês, holandês, além, claro, do francês natal.

Após ter vários trabalhos publicados, o pesquisador retornou à França e se tornou membro de diversas sociedades acadêmicas, entre elas o Instituto Histórico de Paris e a Academia Real de Arras, essa última por meio de concurso no qual foi aprovado em 1831. Em 1854, começou a interessar-se pelo fenômeno das “mesas girantes”, que ganhara bastante notoriedade após os misteriosos eventos ocorridos na casa das irmãs Margaret e Kate Fox, em Hydesville, em Nova York. Mas foi apenas no ano seguinte, quando começou a frequentar as reuniões nas quais esses fenômenos se reproduziam, que o pesquisador realmente se decidiu a investigá-los a fundo.

Hippolyte ficou fascinado com as formas de codificação utilizadas pelos espíritos para comunicação com os humanos, que iam desde simples batidas nas mesas e cartas escritas pelas mãos dos médiuns até levitações de pesadas mesas de cedro e materialização e desmaterialização de objetos — os agentes que se comunicavam através do corpo dos médiuns diziam ser espíritos de pessoas que já haviam vivido naquela e em outras regiões.

Uma espécie de entrevista com várias perguntas foi feita com aquelas entidades, e como o fenômeno acontecia em todo o mundo, o pesquisador começou a trocar correspondências com investigadores de vários países, inclusive do Brasil. Nas cartas, ele enviava a todos as mesmas perguntas para que fossem feitas às entidades e recebia, posteriormente, as respostas. Após minuciosa avaliação, Hippolyte notou que em mais de 90% dos casos as respostas eram idênticas. Isso foi muito importante para atestar a veracidade das mensagens e também que realmente havia ali a presença de uma força inteligente se comunicando com as pessoas, invisível.

Fonte: Revista UFO

Chico Xavier fala sobre o contato com extraterrestres:


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