terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O CARNAVAL



Trecho retirado do livro 
Esculpindo O Próprio Destino”,
de André Luiz Ruiz,
pelo espírito Lucius

"...A demora da consulta medica de Leonor também fora motivada pela aproximação do Carnaval, período em que os profissionais se aproveitam dos dias de feriado para poderem descansar com suas famílias ou realizar passeios mais longos. 

Além disso, também se observava que, em períodos de festas como esta, havia um decréscimo da demanda no atendimento de consultórios, clinicas, postos de saúde publica, tudo por causa do acercamento da diversão, fazendo com que as pessoas "deixassem para ficar doentes" em outro período do ano. 

As notícias da televisão mostravam os preparativos dos diversos clubes, sobretudo nos grandes centros do pais, criando-se a expectativa de que, naqueles quatro dias, todos os problemas do mundo seriam resolvidos pela exacerbação das emoções, pelo exercício dos prazeres, com as pessoas licenciadas pela sociedade para darem vazão aos mais baixos instintos, duramente contidos ao longo do ano inteiro. 

As conversas giravam ao redor de tais temáticas, com uma corrida a Iojas especializadas, a supermercados e similares para a aquisição dos produtos euforizantes, estimulantes, etc. 

No mercado ilícito, as tragédias produzidas pelas drogas mais agressivas, ia ganhando espaço, não apenas na área do consumo desenfreado, como também nas disputas pelo comando dos recursos por ela produzidos para os que a vendiam. 

Oportunidade como essa era só uma vez por ano... 

Os seres humanos tinham, nessa época, uma excelente oportunidade para se permitirem as aventuras mais escabrosas. Facilitando o encontro dos corpos sob a desculpa da diversão, boa parte da juventude, afastada dos princípios mais elevados do viver, agia em consonância com os modismos em yoga defendidos pela "maioria das pessoas", abusando da bebida, dos encontros casuais, expondo-se as aventuras do sexo irresponsável, atraídos como mariposas para a chama das tentações nas quais, fatalmente, de uma forma ou de outra, acabariam queimando mais do que as pr6prias asas. 

Outros seres, interessados nos ganhos financeiros a qualquer custo, tratavam de abastecer os mercados com produtos proibidos, remédios excitantes, bebidas poderosas, apetrechos de interesse para todo tipo de desejo. Com isso, garantiam 0 alto fluxo de dinheiro que os melhor aquinhoados da sorte nunca se inibirão em gastar, desde que isso lhes garanta o acesso aos "prazeres da vida".

Os controles desse mercado punham em conflito não apenas os integrantes de gangues nos diversos bairros periféricos, como também os responsáveis pela fiscalização e prevenção de tais delitos, os empresários espertalhões que intermediavam as transações ou eram os responsáveis finais pelos lucros desse comercio espúrio.

Membros da administração publica se misturavam aos infelizes traficantes na partilha dos lucros da sanha criminosa, sem nunca se encontrarem pessoalmente, mas sempre se controlando por mecanismos de violência e ameaça nos quais a única senha que era obedecida era "O dinheiro ou a vida". 

Por cima desse cenário tétrico, organizavam-se as agremiações carnavalescas, com os seus diversos grupos e famílias, clãs ou coletividades, para os quais o desejo sincero de brincar o carnaval, muitas vezes, era a expressão de seu sonho mais puro, numa disputa pela supremacia de sua agremiação.

Luzes, realce, ritmo e poder seduziam os integrantes das diversas escolas e blocos, todos empenhados em competir num certame que em nada modificaria suas vidas, ainda que, explorando o devaneio dos ingênuos, tornaria mais milionários alguns espertalhões que os manipulavam e se enriqueciam com as vantagens mercantis desse evento, que se transformara em Show internacional. 

Disputas por turistas, indicações de hotéis, prostituição de luxo, agenciadores de mulheres, jovens insinuantes desejando ganhar a vida em moeda internacional, aparecendo na televisão graças a exposição de seus corpos despidos no esforço de se conseguir um contrato milionário. Tudo isso era encontrado por baixo da chamada "festa popular", na qual boa parte dos populares sonhava em ser Rei por alguns minutos, ser Barão ou Princesa, ser estrela ou astro aplaudido pela multidão, enquanto os verdadeiros reis, barões e membros da nobreza seguiam acumulando milhões às custas das ilusões. 

Do outro lado da vida, igualmente, aproveitando-se das emanações mentais dos encarnados, os fluidos densos que se entrecruzavam na atmosfera tornavam-na mais insuportável - Observando o ambiente dos grandes centros, as forças negativas que eram produzidas pelos encarnados davam ao cenário espiritual os contornos de verdadeira festa no abismo. 

Em nenhuma época do ano se encontrava tanta perversidade e tamanha nocividade ao redor dos vivos quanto nesse período, em que boa parte deles se entregava aos excessos, descuidando-se do equilíbrio ou da vigilância mental. 

Esse afrouxamento das linhas de defesa do ser encarnado tornava-o importante associado dos desencarnados em todo tipo de excesso, fosse na área da perversidade violenta, caracterizada por furtos, homicídios, agressões e brigas, fosse na dimensão do descontrole químico, da ingestão dos excitantes, na pratica das aberrações. 

Para todos os que se encontravam habitando o mesmo nível vibrat6rio, reunidos na superfície terrena sob o signo da irresponsabilidade, tal promiscuidade seria nociva, aprofundando-se ainda mais os processos obsessivos, as perseguições e os dramas reencarnat6rios, sempre marcados pelo desajuste da alma em sintonia com outras almas desajustadas em igual frequência.

Além disso, esta atmosfera não favorecia apenas as perturbações entre os encarnados e desencarnados que estagiavam na mesma faixa vibrat6ria representada pelo espaço físico dos homens. Também era propicia para a invasão das entidades mergulhadas nas furnas e abismos subcrostais, emergindo dos bueiros, esgotos ou passagens, como seres tétricos a invadirem a casa humana desguarnecida ou aberta para eles.

Ao lado desse panorama desagradável de se observar, a Bondade Divina estava a postos, através da ação da Espiritualidade Superior, coordenando grupos de Socorro, equipes de salvamento, organizações de esclarecimento, postos de orientação, tudo na superfície da Terra, em logradouros variados como praças, becos, pontes, avenidas, além de igrejas e casas de oração das diversas religiões, sendo estes os ambientes mais propícios para esse tipo de socorro tão urgente. Estas ações socorristas não aconteciam apenas nos ambientes turbulentos dos grandes centros, onde os desmandos costumam sempre ser mais danosos para os próprios encarnados. 

Em todas as cidades havia entidades responsáveis pelo desenvolvimento dessas ações da caridade, organizadas pelos governadores invisíveis daquele agrupamento social, implementando projetos de prevenção e socorro para as diversas situações que envolveriam os moradores daquela comunidade em período tão especial de suas rotinas, tão propenso a produzir sofrimento e dor generalizados. 

Como as maiores e mais volumosas desgraças eram e são aquelas dos grandes aglomerados, neles se concentrava um maior contingente de nobres missionários espirituais, lutando para que a insanidade dos encarnados fosse contida. 

Não agiam com violência ou imposição. Ofereciam Oportunidades aos que chegavam das furnas, do mesmo modo que as apresentavam aos que já estavam aferrados à companhia dos homens de carne, convidando-os à conversação fraterna, proporcionando tratamento para suas dores, ouvindo suas angustias, dialogando sem julgar suas condutas inferiores, explicando-lhes os engodos nos quais estavam incorrendo e as tristes consequências para eles próprios. 

Tais entidades amigas se revestiam de uma Iuminosidade diversa da do próprio ambiente, facilmente identificáveis como agentes do Bem pelos integrantes da malta espiritual desajustada, servidores que se achavam no cumprimento da missão consoladora sem se descuidarem da proteção necessária contra os ataques dos grupos de espíritos ensandecidos, hipnotizados por entidades malévolas para servirem de armas de agressão contra as equipes de servidores da Boa Nova. 

Como representantes da Esperança, estas nobres Entidades não se valiam de nenhum procedimento repressor ou intimidador, no que discrepava totalmente dos representantes das trevas, que se notabilizavam pelas técnicas de amedrontamento ou ameaças, hipnose profunda e alienação, nos processos de adestramento negativo que desenvolviam junto aos que compunham seu numeroso contingente. 

Os dois grupos tinham suas técnicas de ação especifica. Por este motivo e que os "de baixo" eram alertados pelos seus chefes para que não se envolvessem em conversas com os "de cima", caso estes desejassem se aproximar. 

Não deveriam acercar-se porque os representantes do Cordeiro, como eram chamados servos de Jesus, eram astutos na utilização de sortilégios e magias com a finalidade de iludir os incautos, afastando-os do caminho escolhido e arrebatando-os para suas colônias. Esta cantilena, longamente repetida pelos instrutores da sombra, repercutia no íntimo dos mais frágeis e de consciência mais culpada, prevenindo-os contra qualquer acercamento dos representantes do mundo espiritual superior. 

Naturalmente que os que vinham das furnas não podiam fiscalizar centenas de milhares de outras entidades que estavam sob seu comando. Por isso, valiam-se de tais mecanismos para domesticar seus subordinados, como o homem costuma fazer com os animais em adestramento. 

Já os Espíritos missionários do Bem se colocavam de maneira pacifica, oferecendo ajuda a quem a desejasse aceitar ou solicitar, sem obrigar qualquer espírito a atuar contra a própria vontade. Espalhavam-se pelas ruas e quadras diversas, reforçando os postos de atendimento ou os núcleos de ajuda estratégica nos quais ofereceriam amparo, alimento e energia para 0 refazimento dos que 0 desejassem. 

Nestas ocasiões, graças a combinação de esclarecimento com carinho, estes Espíritos amigos conseguiam devolver esperanças a milhares de entidades cansadas de sofrer, já desanimadas por integrarem uma organização terrorista que não lhes garantia perspectiva alguma que não fosse a do sofrimento. 

Quanto mais se acercava a data da grande festa, mais densas se tornavam as emanações ao redor dos encarnados, sobretudo nas grandes cidades para onde se voltavam as maiores atenções, ao mesmo tempo em que a realização de inúmeros bailes pré-carnavalescos ia dando o combustível necessário para atiçarem-se as labaredas do grande incêndio que, logo mais, irromperia na comunidade. As entidades negativas iriam começar a surgir na superfície, vindas das dimensões vibratórias inferiores, como pipocas pulando na panela, salpicando em todos os lugares e ampliando a concorrência invisível junto aos encarnados mais invigilantes. 

Pressionados por tais assédios constantes, aumentava-se consideravelmente o consumo de drogas e bebidas, agitando-se o psiquismo dos homens e predispondo-os aos voos da imaginação. 

Regados a propagandas televisivas insinuantes, emoldurando esse sinistro quadro, os integrantes das comunidades humanas seriam bombardeados por insistentes chamamentos provocantes, estimuladores de quedas morais, traições, e excessos no consumo de químicos variados que não se viam normalmente no dia-a-dia..."

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