"Para que você melhore em concentração durante a meditação, reduza suas pretensões e desejos. Olhe cada coisa como se você fosse uma simples testemunha desinteressada; não se precipite; não se deixe envolver. Quando as algemas caírem, você se sentirá feliz e leve.
Meditação é a função do homem interno. Envolve quietude subjetiva, esvaziamento da mente e o sentir-se uno com a luz que emerge da Divina Centelha interior. Tal disciplina nenhum livro-texto pode ensinar. Nenhuma aula pode comunicar dhyana. Purifique suas emoções. Clareie seus impulsos. Cultive Amor. Tal domínio é o propósito do processo da meditação ou dhyana.
A mãe pode sentar-se junto do filho e pronunciar palavras que o encorajem a falar, mas o filho tem de usar sua própria língua e fazer seus próprios esforços. Assim, também, uma pessoa pode lhe ensinar como sentar-se e manter o torso vertical, as pernas dobradas, as mãos corretas, os dedos cruzados, a respiração firme e lenta, mas quanto poderá lhe ensinar a controlar a agitação mental?
Quando a meditação So-Ham* atingiu a estabilidade, você pode começar a estabilizar na mente a Forma (rupa) de seu Ishatadevata, isto é, aquela forma do Senhor que você escolheu para sobre Ela meditar. Faça (mentalizando) uma pintura da Forma, da cabeça aos pés, durante cerca de quinze ou vinte minutos. Isso ajudará a fixar no altar do seu coração a Divina Forma.
Depois você começará a ver somente aquela Sagrada Forma em toda parte. Em todos os seres descobrirá somente Ela. Você virá a realizar o Uno manifestado como muitos. Sivoham - seu sou Shiva. Soham, eu sou Ele. Unicamente ele É.
Pode-se fazer adoração ou dhyana, conforme a própria convicção, na privacidade do lar."
* Um dos métodos de meditação (dhyana) que Swami aprova é aquela que consiste em pronunciar mentalmente o mantra SO na inspiração e o mantra HAM na expiração. A respiração não é comandada, mas tão somente testemunhada pela consciência enquanto acompanhada pelos dois mantras.
Sathya Sai Baba
Sadhana, O Caminho Interior
Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 131/132
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