segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A Visão de Nassim Haramein


"No corpo, se o cérebro é a antena do aparelho de rádio, o botão para sintonizar a frequência da rádio que você quer ouvir é o coração, que define a frequência das informações recebidas através do ritmo dinâmico dos fluidos de seu corpo e que pode ser alterado pelo seu estado emocional. Procurar pela consciência no cérebro é a mesma coisa que procurar pelo locutor dentro de um aparelho de rádio."
— Nassim Haramein

Haramein nasceu em Genebra, na Suíça, em 1962. Aos 9 anos de idade, já estava descobrindo a dinâmica universal da matéria e da energia, o que o levou em uma jornada para o pioneirismo de uma nova abordagem sobre a gravidade e o desenvolvimento contínuo da Teoria do Campo Unificado. Nassim dedica toda a sua vida em pesquisas e pensamentos no campo da física quântica e teorias sobre o hiperespaço, de uma maneira não muito convencional, mas profundamente esclarecedora, trazendo novas e corajosas discussões e revelações nesse campo e relacionando-as à nossa realidade, à nossa existência e ao conhecimento das civilizações antigas.

Ele é um investigador brilhante que deixa qualquer um impressionado com a quantidade de informação cientifica que consegue cruzar. Para quem já se deparou com conceitos de física moderna, Nassim Haramein leva-nos um pouco mais adiante em temas como: buracos negros, expansão / contrações simultâneas, a singularidade de cada indivíduo, átomos, corpos celestes, geometria sagrada, crop circles, pirâmides, dimensões, paradigmas das leis quânticas e newtonianas, espirais, OVNIs e muito mais. Tudo tratado com abordagem cientifica e objetividade.

Em 2003, Nassim criou a Fundação Resonance Project, e como diretor de pesquisas lidera equipes de físicos, engenheiros elétricos, matemáticos e outros cientistas para explorar a fronteira dos princípios de unificação e suas implicações. A visão de Nassim ao longo de sua vida sobre física unificada aplicada para criar uma mudança positiva no mundo de hoje, reflete na missão da Fundação Resonance Project. Ele compartilha a evolução de suas pesquisas através de publicações científicas e cursos, que são ministrados na Resonance Academy.

No vídeo abaixo, você pode conferir um pouco da visão de Nassim Haramein e o que ele aprendeu com suas pesquisas. Caso tenha interesse, veja também a palestra completa do físico sobre as Dimensões e o Universo.


Atualmente, Nassim está focado em seus mais recentes desenvolvimentos no campo da gravidade quântica e suas aplicações tecnológicas, pesquisa de novas fontes de energia, ressonância aplicada, ciências da vida, permacultura e estudos sobre a consciência.


Entrevista

Pergunta: Você explica o cérebro como um receptor de diferentes frequências vibratórias. De onde é que acha que vem o sinal?

Nassim: A partir de um campo de informação que está presente ao nível quântico. Isto é numa escala muito fina. Muito abaixo da estrutura atômica há um campo chamado Campo Planck, ou os osciladores de Planck. Eles são muito pequenos. Os protões por si já são muito pequenos. Então você é feito de uma centena de triliões de células. Existem centenas de triliões de átomos aproximadamente por célula. Os átomos são muito pequenos. Imagine os protões como uma cabeça de um alfinete na cúpula do Vaticano. A cúpula é como a nuvem de electrões do átomo. Por isso, o protão é muito pequeno. E perceba que os grãos de Planck criam a estrutura do espaço. Portanto, se o Planck é do tamanho de um grão de areia, logo, o protão teria um diâmetro como daqui até alfa-centauri que é cerca de 40 biliões de quilômetros. Como tal, o Planck é muito pequeno. É o menor dos protões de luz, o campo electromagnético mais pequeno que pode existir. É o portal do tecido do espaço. E pensem no portal como um portal de informação de todas as coisas que estão estarem presentes neste campo. Assim como as ondas eletromagnéticas carregam informação, que você pode captar com um aparelho de rádio, sintonizar os cristais na frequência correta e, subitamente, você pode ouvir a música a sair. É a mesma coisa. A banda que está a fazer a música não está no rádio. O sistema cerebral e nervoso que está a tocar neste campo de informação, é um resultado de todas as outras coisas que irradiam para ele. Portanto, há uma troca de informações entre si e o Todo que está a ocorrer.

Pergunta: Você chamaria a este campo o campo da Consciência Coletiva ou Registo Akáshico?

Nassim: Sim, você poderia chamá-lo assim. Como se você quisesse usar a descrição usada por antigas civilização. Muitos deles descrevem este campo. Também é conhecido por Prana ou Chi. Tem diversos tipos de nomes.

Pergunta: Como é que acha que todas as culturas pré-tecnológicas, antigas e iluminadas, descobriram o mesmo exato sistema de geometria sagrada e design Universal? Você acha que eles receberam esta informação de fontes externas, tais como extraterrestres? Ou está codificado no nosso DNA? Ou talvez eles tivessem aprendido a entrar em sintonia com esse conhecimento através de estados alterados de Consciência.

Nassim: Eu acho são todos esses três. Você encontra isso em todas as diferentes culturas. Se você as juntar, eles descrevem algo de muito significativo. A estrutura do espaço, o spin do espaço, e todas essas coisas como o yin-yang. Basicamente, descreve esse campo unificado. E se você analisar as descrições dadas nessas culturas, nenhuma delas afirma que foram criadas por nós. Todos elas dizem que obtiveram esse conhecimento do Deus Sol, ou algo que veio de um sistema de estrelas em barcos flutuantes. Seres de luz. Mas, ao mesmo tempo, uma vez que somos feitos deste material, iria surgir naturalmente dentro de nós também. Então eles reconheceram isso como algo muito fundamental. Muito importante… E é por isso que o propagaram ao longo dos tempos. Então ele vai chegar até nós. Certo? E ao mesmo tempo. Provavelmente, as pessoas também tinham estados alterados de consciência naquele tempo. E há tantos relatos desses estados alterados de Consciência, através da adoção de certas plantas, compostos medicinais, e assim por diante. Observando a geometria, observando a dinâmica, e assim por diante. Eu acho que é tudo acerca da Consciência.


Pergunta: Então o que acha que está a acontecer a nível neurobiológico?

Nassim: Este campo de informação é um resultado de todas as coisas a interagirem neste espaço. Significa que todas as coisas irradiam informações no campo. E como as coisas absorvem informações. É um feedback contínuo de informação. Ele não tem uma origem. Não há começo nem fim.

Pergunta: Você menciona o buraco negro. É o electrão que sai e entra?

Nassim: São os fotões. O electrão é a carga que o buraco negro está a produzir. O protão é o buraco negro e a carga que produz é o electrão. Na realidade nós só descobrimos na semana passada uma solução para o electrão que é extremamente exata. 99.9999997% exato e é notável. E baseia-se na mesma solução do protão. E prevê a… nuvem de electrões. Então agora eu tenho o quadro completo. Estou verdadeiramente animado com isso. Assim, a informação é o campo de Planck e os fotões de Planck são as unidades menores. Cada parcela de informação está a passar por esse ciclo.

Pergunta: É a mesma estrutura que entra e sai? Ou o fotão vai para outro lugar no Universo?

Nassim: O pouco que atravessa o horizonte do evento pode estar em qualquer lugar no universo. Todos os volumes são partilhados através das estruturas em buraco de minhoca. Assim como uma rede neural. De repente, a informação torna-se disponível para todos. Ela pode sair no mesmo local, ou em algum outro lugar no Universo. Não importa, porque quando ele volta a sair, ele é alterado tal como os restantes. Ele experimentou o lado de fora. E é alterado pelo lado de fora. Então ele volta mas agora transformado por todo o Universo. É uma evolução constante.

Pergunta: Então, no modelo atômico, o centro é um buraco negro. A minha primeira pergunta tem a ver com o protão. Na sua essência… é o protão que está no centro do buraco negro?

Nassim: O protão é o buraco negro.

Pergunta: Então, o que se houver mais do que um protão? Tal como o oxigênio com 16 protões.

Nassim: Então existem 16 buracos negros, que orbitam entre si. É por isso que se você tiver demasiados lá dentro, eles tornam-se instáveis. Eles começam a irradiar e agora você tem núcleos em decaimento. Os protões em si não vão decair, de todo. Nós nunca observamos o decaimento do protão, ao longo de 13,7 biliões de anos. Não houve nenhum decaimento do protão, de modo que é muito bom!

Pergunta: O que você acha impede buraco negro de sugar um protão do buraco negro do outro protão? A energia é tão forte. Qual é a força que estabiliza os protões e os impede de se engolirem um ao outro?

Nassim: Pense em força centrípeta. Efeitos geoscópicos. Lembre-se, eles estão girando. E eles giram muito rápido. Assim essas forças centrípetas e o efeito Coriolis, um forte impulso angular, irá manter tudo em órbita. A menos que ele tenha o número errado e não os queira. De seguida, a radiação vai ser emitida até encontrar o relacionamento correto. É por isso que núcleos pesados ​​começam a irradiar energia radioativa. E emitem em comprimentos de onda eletromagnética. A mesma coisa no sistema solar e do universo.

Pergunta: Se você olhar para o modelo atômico, e para a galáxia, como um buraco negro no centro de cada sistema… há outra escala acima?

Nassim: Certo. Há centenas de galáxias com buracos negros no meio. E há superaglomerados que têm buracos negros no meio deles.

Pergunta: Então, também existe noutro patamar e escala?

NassimExatamente. Está correto. Há buracos negros em todas as escalas. Absolutamente. Isso foi o que eu encontrei. O Planck obedece à condição de um buraco negro também. O pequeno Planck é um buraco negro pequeno. Se você pegar na massa do nosso Universo e colocá-la no raio do Universo que vemos hoje, obedece à condição exata de um buraco negro. Não é uma coincidência. Eles chamam a isso coincidência na física convencional, mas não é.


Pergunta: Então, em última análise terá havido uma coincidência em que todo este material tenha surgido por acidente? Foi apenas aleatório? Ou foi projetado? É tão complexo que parece que foi projetado por alguma coisa.

Nassim: Bem, você está a voltar ao tal assunto de querer um começo e um fim. E eu não acho que isso verdadeiramente exista. Tudo o que temos visto no Universo, em qualquer momento é apenas uma mudança de estado. Eu não vi o fim do que quer que qualquer coisa, ou o começo. Nós apenas temos uma mudança de estado. Na verdade, hoje existem artigos elaborados a partir de estudos que estão a ser feitos na física quântica onde eles descrevem o espaço como um fluido de Planck. Eles resolveram algumas das equações mostrando que não houve Big Bang … não houve um começo! Ele sempre esteve lá. É um feedback contínuo infinito de informações. É difícil para nós, porque nós pensamos, “nascemos e depois morremos”, e é por isso que temos esta ideia de haver um começo e um fim. Isso pode não ser um conceito universal. Isso é apenas um conceito humano. O início da sua vida e o fim da nossa vida, não mostra nada de novo a acontecer… apenas uma mudança de estado. Ou seja, como quando você morre, todos os átomos de que é feito são apenas reciclados. Só se muda de estado.

Pergunta: E então você acredita na reencarnação?

Nassim: Absolutamente. Sim, não vejo nenhum motivo para que a informação seja perdida. A física afirma que nenhuma informação pode ser perdida. Então, eu não vejo porque é que a informação de quem você é, que está no campo de Plank, iria para qualquer outro lugar. Pode sim procurar outra residência. Uma condição que lhe permite encontrar um corpo para continuar a explorar. Então, sim, eu não tenho nenhum problema com a reencarnação e o conceito de registo Akáshico. E assim por diante. Essencialmente, é a física do Universo…

Se quiser saber mais sobre ele e suas teorias, há uma página no Facebook dedicada somente à tradução de suas publicações, acesse: The Ressonance Project em Português.


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