Planta típica da América Central, Caribe e parte dos Estados Unidos, possui uma toxina em toda sua estrutura que pode causar queimadura e até morte, em caso de ingestão.
A mancenilheira (Hippomane mancinella) não é flor que se cheire. Ela possui um registro oficial no Livro dos Recordes como a árvore mais perigosa do mundo. Basta um contato com a casca ou folhas e a pele de uma pessoa pode sofrer queimaduras graves. Comer um de seus frutos, então, pode ser uma escolha fatal. A planta já foi utilizada por nativos americanos para amarrar e torturar invasores, além de servir para fabricação de dardos envenenados.
O nome popular mancenilheira é originário da palavra espanhola "manzanita", que significa pequena maçã. Isso se deve aos frutos verdes de cheiro doce e atraente que enfeitam a árvore e se parecem com as saudáveis maçãs. A planta é típica da região sudoeste dos Estados Unidos, da América Central e do Caribe. Normalmente, ela cresce pouco mais que um arbusto, mas, às vezes, pode chegar a 15 metros de altura. O verde brilhante das folhas também impressiona.
Segundo Marcus Nadruz Coelho, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, do Rio de Janeiro, a mancenilheira pertence à família Euphorbiaceae, muito conhecida por ter espécies consideradas tóxicas, como a coroa-de-cristo e o bico-de-papagaio. "Essa família tem como característica a presença de látex esbranquiçado, que possui ação tóxica. Dependendo da espécie, pode causar sérias queimaduras e intoxicação pela ingestão do fruto", comenta o especialista.
A mancenilheira, que também é chamada de "árvore da morte", na América Central, possui esse látex por toda a árvore. Se você cortar a folha, o caule ou arrancar uma flor, verá o líquido exposto. Mas, ao contrário do que vem sendo exposto na internet, essas ações não vão levar à morte imediata de uma pessoa. De acordo com Marcus, as queimaduras vão depender da sensibilidade de cada um ao agente tóxico. Além disso, ele confirma que a ingestão do fruto pode, sim, levar à morte.
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