No entanto, os efeitos biológicos de som foram consideravelmente ignorados pela comunidade científica.
Embora alguns estudos sugiram que as emoções evocadas pela música podem ser úteis no tratamento médico, pouco se sabe sobre os mecanismos através dos quais ocorrem estes efeitos.
É geralmente aceito que as células ciliadas mecanosensorial na orelha traduzem as vibrações mecânicas induzidas por sonoras em impulsos neurais, que são interpretadas pelo cérebro e evocam os efeitos emocionais.
Na última década, no entanto, diversos estudos sugerem que a resposta para a música é ainda mais complexa.
Além disso, evidências recentes sai que tipos de células diferentes das células ciliadas auditivas poderiam resposta ao som audível.
No entanto, o que é realmente detectado pelas células ciliadas, e possível por outras células no nosso organismo, existem diferenças físicas da pressão do fluido induzida pelas ondas sonoras.
A pesquisa de campo: a música com tratamento das células cancerígenas
Portanto, não há impedimento razoável para qualquer tipo de célula do nosso corpo para responder a um som puro ou à música.
Assim, o grupo de pesquisa da Profa. Dra. Márcia A. M. Capella, coordenadora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, realizou uma pesquisa no Programa de Oncobiologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que expôs células ligadas ao câncer de mama à 5ª Sinfonia de Beethoven e a Atmosphères de György Ligeti.
Em seu resultado, os autores constataram que 1 em cada 5 células desapareceu e as sobreviventes diminuíram de tamanho. Em termos científicos: “os resultados obtidos sugerem que música pode alterar parâmetros morfofuncionais celulares, tais como o tamanho das células e granularidade em células em cultura”.
Além disso, os resultados sugerem para o 1º tempo que a música pode interferir diretamente com ligação à hormônios aos seus alvos, inferindo que a música ou sons audíveis pode modular processos fisiológicos e fisiopatológicos.
Fonte: Direct effects of music in non-auditory cells in culture. Lestard Nathalia dos Reis, Valente Raphael C, Lopes Anibal G, Capella Márcia A. M. 2013; 15(66):307-314.
Autor: Prof. Dr. Mário Neto - Farmacêutico e Bioquímico pela FCFRP-USP, habilitado em Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas; Mestre e Doutor em Farmacologia pela FMRP-USP
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