segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Chá de Ayahuasca estimula a Formação de Novos Neurônios Mentais, afirma Estudo.


A ayahuasca é uma bebida usada há séculos pelos nativos sul-americanos. Estudos sugerem que ele exibe efeitos ansiolíticos e antidepressivos em humanos. A ayahuasca é usada em cerimônias religiosas há séculos. Chamada de "cipó da alma", a ayahuasca  é uma bebida tipicamente feita a partir da videira Banisteriopsis caapi e  folhas de Psychotria viridis que crescem predominantemente no Brasil, Peru e outras regiões da América do Sul. 

O chá resultante contém DMT, que a Drug Enforcement Administration classifica  como um alucinógeno ilegal, apesar de sua longa história de uso em rituais religiosos. Alguns dizem que o efeito do chá os leva a uma conexão com o mundo espiritual, algo que ainda não foi provado pela neurociência, pois muitos estudos ainda são necessários para que se chegue a tais conclusões. O que sabemos pela ciência é que ele possui efeitos antidepressivos e ansiolíticos em seres humanos. Agora em um mais novo estudo, os neurocientistas descobriram que um dos componentes naturais do chá é capaz de formar novos neurônios no cérebro. Vejamos as descobertas impressionante dos cientistas. 
Estudo 

Um dos principais componentes naturais do chá de ayahuasca é a dimetiltriptamina (DMT), que promove a neurogênese - a formação de novos neurônios - de acordo com uma nova pesquisa conduzida pela Universidade Complutense de Madri (UCM). Além dos neurônios , a infusão usada para fins xamânicos também induz a formação de outras células neurais, como astrócitos e oligodendrócitos. “Essa capacidade de modular a plasticidade cerebral sugere que ele tem grande potencial terapêutico para uma ampla gama de transtornos psiquiátricos e neurológicos, incluindo doenças neurodegenerativas”, explica José Ángel Morales, pesquisador do Departamento de Biologia Celular da UCM e do CIBERNED. 

O estudo, publicado recentemente na Translational Psychiatry, revista Nature Research, relata os resultados de quatro anos de experimentação in vitro e in vivo em camundongos, demonstrando que estes apresentam "uma maior capacidade cognitiva quando tratados com essa substância", segundo José Antonio López , pesquisadora da Faculdade de Psicologia da UCM e co-autora do estudo. O DMT do chá de ayahuasca se liga a um receptor cerebral serotonérgico tipo 2A, o que aumenta seu efeito alucinógeno. 

Neste estudo, o receptor foi alterado para um receptor do tipo sigma que não tem esse efeito, "facilitando muito sua futura administração aos pacientes". Este estudo mostra que o DMT é capaz de ativar células-tronco neurais e formar novos neurônios. Nas doenças neurodegenerativas , é a morte de certos tipos de neurônios que causa os sintomas de patologias como Alzheimer e Parkinson. Embora os humanos tenham a capacidade de gerar novas células neuronais, isso depende de vários fatores e nem sempre é possível.

"O desafio agora é ativar nossa capacidade latente de formar neurônios e, assim, substituir os neurônios que morrem em decorrência da doença.

Apesar das ligações do Chá com o mundo espiritual, as recentes descobertas da neurociência a cada dia mostra seus benefícios terapêuticos no cérebro humano. Alguns relatos de pessoas que fizeram uso do chá, falam de grandes transformações em sua vida espiritual e emocional, algo atestado pela própria experiência individual de pessoas que fizeram seu uso. Os benefícios neurológicos são diversos, e a cada dia a neurociência descobre novos benefícios ao cérebro.

Diante de tudo que foi visto do presente estudo resta-nos uma pergunta para a nossa reflexão: 
➡ Seria a Ayahuasca um atalho garantido para o Despertar Espiritual? Um agente de cura e transformação pessoal a experiência humana? 
E você o que acha? 
Comente aqui abaixo. Seu comentário é importante para nossa troca de opiniões e conhecimentos. 

Referências
Jose A. Morales-Garcia et al, N,N-dimethyltryptamine compound found in the hallucinogenic tea ayahuasca, regulates adult neurogenesis in vitro and in vivo, Translational Psychiatry (2020). DOI: 10.1038/s41398-020-01011-0

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