quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

O Que Está Por Trás das Gripes Que Assolam o Planeta

UM PRIMEIRO QUADRO

— Estão vendo aquelas manchas escuras na via pública? 
— indagava nosso orientador, percebendo-nos a estranheza e o desejo de aprender cada vez mais.
Como não soubéssemos definir com exatidão, prosseguia explicando:
— São nuvens de bactérias variadas. Flutuam, quase sempre também, em grupos compactos, obedecendo ao princípio das afinidades. Reparem aqueles ambientes de sombra.
E indicava-nos certos edifícios e certas regiões citadinas.
— Observem os grandes núcleos pardacentos ou completamente 
obscuros!... São zonas de matéria mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de pessoas. Se demorarmos em nossas investigações, veremos igualmente os monstros que se arrastam nos passos das criaturas, atraídos por elas mesmas...

Imprimindo grave inflexão às palavras, considerou:

— Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física, quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental.

Afirmou o mentor que o “orai e vigiai” do Evangelho tem profunda importância em qualquer situação e a qualquer tempo. Maa que somente os homens de mentalidade positiva, na esfera da espiritualidade superior, conseguem sobrepor-se às influências múltiplas de natureza menos digna. Interessado, contudo, em maior esclarecimento, perguntei:

— Mas a matéria mental emitida pelo homem inferior tem vida própria como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais?

O mentor generoso sorriu singularmente e acentuou:

— Como não? Vocês, presentemente, não desconhecem que o homem terreno vive num aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos, como almas. No futuro, por esse mesmo motivo, a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alívio. Mas, no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito.


AS CAUSAS OCULTAS

15 anos depois desse relato por Chico Xavier/André Luis, Ramatis  aprofundou o tema a respeito da origem destas larvas mentais decorrentes da insana alimentação animal; e que tanto são dadas como causas, pela medicina vigente,  apenas o animal em si e não a verdadeira origem.

Basta lembrar da gripe suína, gripe aviária, doença da vaca louca, e outras tantas como a que agora é indicada como se fosse a do morcego.

Na obra é explícito que, mesmo com os cuidadosos exames a que são submetidos os animais, antes do corte, estes não afastam a possibilidade de contaminarem o homem com qualquer enfermidade.

É taxativo afirmando que essa profilaxia de última hora não identifica os resíduos da enfermidade que possa ter predominado no animal destinado ao corte e que, evidentemente, não deixou vestígios identificáveis à  instrumentação de laboratório.

Também esclarece que apesar dos extremos cuidados de higiene e das medidas de prevenção nos matadouros, ainda é desconhecido que a maioria dos quadros patogênicos do nosso mundo se origina na constituição mórbida dos animais.

Detalha tal quadro afirmando que o animal não raciocina, nem pode "explicar" a contento as suas reais sensações dolorosas consequentes de suas condições patogênicas. 

E em consequência que mesmo o veterinário criterioso enfrenta exaustivas dificuldades para atestar a enfermidade do animal, enquanto que o ser humano pode relatar, com riqueza até de detalhes, as suas perturbações, o que então auxilia o diagnóstico médico. 

Enfatiza que mesmo diante de aparente e maior facilidade de diagnóstico, quantas vezes a medicina não consegue descobrir a natureza exata dos males, surpreendendo-se com a eclosão de enfermidade diferente e que se distanciavam das cogitações familiares.

Reforça a ideia na qual em se configurando ao ser humano o quão difícil é visualizar com absoluta precisão a origem dos seus males, requerendo-se múltiplos exames de laboratório para o diagnóstico final, muito mais difícil será conhecer-se o morbo que, no animal, não se pode focalizar na sintomatologia comum. 

Dando como exemplo os suínos, indaga sobre quantas vezes o animal é abatido no momento exato em que se iniciou um surto patogênico, cuja virulência ainda não poderia ser assinalada pelo veterinário mais competente, salvo o caso de rigorosa autópsia e meticuloso exame de laboratório.

O que conclui que para evitar tal circunstância, a matança dos animais exigiria, pelo menos, um veterinário para cada animal a ser sacrificado.

Adentra a esfera astro-mental, com reflexos no corpo denso, citando que os miasmas, bacilos, germes e coletividades microbianas famélicas, que se procriam no caldo de cultura dos chiqueiros, penetram na delicada organização humana, através das vísceras do porco, e debilitam as energias vitais do encarnado.

E assim torna-se difícil para o médico situar essa incursão patogênica, inclusive a sua incubação e o período de desenvolvimento; por isso, mais tarde, há de considerar a enfermidade como oriunda de outras fontes patológicas.

Também esclarece que o carnívoro e glutão além de pouco produzir no trabalho de intercâmbio com as esferas mais altas; o seu perispírito encontrar-se-á saturado de miasmas e bacilos psíquicos exsudados da fermentação das vitualhas pelos ácidos estomacais, criando-se um clima opressivo e angustiante.

Em outra passagem volta a citar que os comedores de carne são mais acessíveis que os vegetarianos às influências epidêmicas e contagiosas; os miasmas mórbidos e o vírus encontram um terreno maravilhosamente preparado para o seu desenvolvimento nos corpos saturados de humores e de substâncias mal elaboradas, nocivas ou já meio fermentadas e em decomposição.

Mais a frente esclarece que diante de um psiquismo indefeso, descontrolado e mórbido, agravado ainda pela fadiga orgânica, intoxicações alimentares e medicamentosas, dentre outras causas, então perturbam-se as coletividades microbianas, que são responsáveis pela sustentação física, chegando mesmo a ocorrer certa desintegração mórbida do protoplasma. 

Esclarece que certa decomposição micro-orgânica também é necessária, a fim de se produzir o elemento nutritivo aos próprios vírus e miasmas psíquicos desconhecidos e ocultos, mas que “baixam” ou se “materializam” do mundo astral para atender à progênie das bactérias e dos vermes necessários como organismos simbióticos e úteis à desintegração dos resíduos da alimentação nos intestinos. 
Mas que esse acontecimento biológico deve ser realizado através de ciclos disciplinados e não por força de um psiquismo perturbado, como ocorre em geral na humanidade.

Quando Ramatis reitera que urge ao humano a libertação do condicionamento da alimentação carnívora é porque muitos espíritos que, em seguida à sua desencarnação, caem especificamente nos charcos de purgação do astral inferior, chegando muitas vezes a se convencer de que estariam envolvidos pelas chamas avassaladoras do inferno. 

Ante a natureza absorvente e cáustica dos fluidos desses charcos, eles funcionam como implacáveis desintegradores dos miasmas e viscos deletérios incrustados na vestimenta perispiritual.

Compreender o selvagem que ainda se nutre dos animais, é bastante aceitável diante do quadro de plena ignorância que permeia sua consciência. Mas torna-se demasiada conivência, de extrema insensibilidade, e de uma crueldade sem tamanho buscar dar razão para justificar tal postura em criaturas portadoras de conhecimento suficiente e que se dizem ainda espiritualizadas. Qual sentido evolutivo estariam a perquerir é a pergunta... Talvez bastasse refletir que não existe a gripe da beterraba, a gripe da cenoura ou a gripe da banana.

Quanto maior a amplitude da verdadeira sabedoria adquirida, maior é a responsabilidade sobre atos que renegam ou se opõem a tal virtude conquistada.

Referências:
Os Mensageiros de André Luis por Chico Xavier - 1944
Fisiologia da Alma por Ramatis na pena de Hercílio Maes - 1959

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